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Tipos de Educandos Portadores de Audição

2.TIPOS DE EDUCANDOS PORTADORES

Tipos de Educandos Portadores de Audição



2.1.DEFICIÊNCIA AUDITIVA


De acordo com a classificação do Bureau Internacional d’Audiophonologie – BIAP, e, na Portaria Interministerial nº 186 de 10/3/78, o aluno pode ser considerado:


2.2.PARCIALMENTE SURDO


De acordo com as Portarias Internacionais nº 477 de 11/8/1977, e nº 186 de 10/3/1987, os alunos apresentam perda de audição, mas percebem a voz humana, apresentando difi culdades de compreensão da mensagem e de expressão oral. Necessitam de métodos, recursos didácticos e equipamentos especiais para correcção e desenvolvimento da fala e da linguagem.


a) Portador de surdez leve – apresenta perda auditiva de até 40 (quarenta) decibéis e não percebe todos os fonemas da palavra da mesma forma. A voz fraca ou distante não é ouvida. É muito comum considerar o aluno como desatento, porque solicitam, frequentemente, a repetição daquilo que lhe falam. Essa perda auditiva não impede a aquisição normal da linguagem, mas
poderá ser a causa de algum problema na articulação das palavras ou dificuldade na leitura e/ou  escrita.


b) Portador de surdez moderada – apresenta perda auditiva entre quarenta e setenta decibéis. Limites que se encontram no nível da percepção da palavra, sendo necessário que a voz tenha uma certa intensidade para que seja convenientemente percebida. É frequente o atraso na aquisição da linguagem e das alterações articulatórias, havendo assim, em alguns casos, maiores problemas linguísticos. Esse indivíduo tem maior dificuldade de discriminação auditiva em
ambientes ruidosos. Em geral, ele identifica as palavras mais significativas, tendo dificuldade em compreender certos termos de relação e/ou frases gramaticais complexas.


2.3.SURDOS
De acordo com as Portarias Internacionais nº 477 de 11/8/1977, e nº 186 de 10/3/1978, são os alunos que apresentam perda de audição em grau que impeça a percepção da voz humana,
necessitando de métodos, recursos didácticos e equipamentos especiais para aquisição, correcção e desenvolvimento da fala e da linguagem.


a) Portador de surdez severa – apresenta perda auditiva entre setenta e noventa decibéis. Este tipo de perda vai permitir que ele identifique alguns ruídos familiares e poderá perceber apenas a
voz forte. Ele pode chegar até os quatro ou cinco anos sem aprender a falar. A compreensão verbal vai depender, em grande parte, da aptidão para utilizar a percepção visual e para observar o contexto das situações.


b) Portador de surdez profunda – apresenta perda auditiva superior a noventa decibéis. A gravidade dessa perda é tal que priva o indivíduo das informações auditivas necessárias para perceber e identificar a voz humana, impedindo-o de adquirir a linguagem oral. Um bebé que nasce surdo balbucia como um de audição normal, mas suas emissões começam a desaparecer à medida que não tem acesso à estimulação auditiva externa, factor de máxima importância para a
aquisição da linguagem oral.


Assim também, não adquire a fala como instrumento de comunicação, uma vez que, não a percebendo, não se interessa por ela, e não tendo feedback” auditivo, não possui modelo para
dirigir suas emissões. A construção da linguagem oral do indivíduo com surdez profunda é uma tarefa longa e bastante complexa, envolvendo aquisições, como: tomar conhecimento do mundo sonoro; aprender a utilizar todas as vias perceptivas que podem complementar a audição; perceber e conservar a necessidade de comunicação e de expressão; compreender a linguagem e aprender a expressar-se.


Na área da deficiência da audição, as alternativas de atendimento estão intimamente relacionadas às condições individuais do educando. O grau da perda auditiva e do comprometimento lingüístico, a época em que ocorreu a surdez e a
idade em que começou a Educação Especial são factores que irão determinar importantes diferenças em relação ao tipo de atendimento que deverá ser prescrito para o educando. Quando maior for a perda auditiva, maiores serão os problemas linguísticos e maior será o tempo em que o aluno precisará receber atendimento especializado.

CONCLUÍMOS QUE:


Na surdez severa, a pessoa precisa, para ouvir, de um som bem alto de até 80 decibéis. Na surdez moderada só vai conseguir ouvir os sons mais altos ( de 40 a 60 decibéis) e terá dificuldade para falar ao telefone.


E na surdez profunda só ouve ruídos (150 a 200 decibéis: disparos de revólver, de canhão, turbina de avião). De acordo com a Novas Directrizes de Educação Especial na Educação Básica, o aluno terá diferentes alternativas de atendimento de acordo com o grau de perda auditiva, a faixa etária em que ela ocorreu e o nível de comprometimento linguístico. Devem ser adoptadas diferentes formas de ensino e adaptações de acesso ao currículo, primando pela utilização de linguagem e códigos aplicáveis, assegurando os recursos humanos e matérias que necessitam para que não sejam excluídos do ensino regular de ensino.


O aluno com surdez leve pode frequentar a escola comum do ensino regular sem problemas, porque não apresenta dificuldades na classe comum. Caso tenha problemas mais específicos (articulatórios ou apresente dificuldades no período de alfabetização, com relação à leitura e/ou escrita), receberá atendimento especializado, ou
complementação curricular específica constituída das actividades de treinamento fonoarticulatório/ fala e linguagem. Geralmente esse atendimento tem a duração de trinta a quarenta minutos, duas ou três vezes por semana e pode ser realizado em sala própria para
atendimento individual, sala de recursos ou em consultório fonoaudiológico, em horário contrário ao da escola comum.


Um aluno com surdez moderada, dependendo da idade, freqüenta a creche ou sala de estimulação, ou pré-escola do ensino regular, bem como ser alfabetizado e prosseguir seus estudos com educandos ouvintes, desde que receba atendimento especializado em outro período diário. Esse atendimento deverá ser individual ou em grupo, segundo as necessidades de cada um. Poderá ser realizado numa sala de recursos, localizada na escola frequentada pela criança ou
em consultório fonoaudiológico. O trabalho especializado visará, principalmente, à estimulação auditiva, ao treinamento rítmico, ao treinamento fono-articulatório/fala e à aquisição da linguagem. Esse trabalho irá concorrer para facilitar sua integração em classe comum.
O aluno com surdez moderada poderá se benefi ciar com o uso da prótese individual (otofônica), havendo casos em que o ganho adquirido é excelente. Esse educando deverá ser protetizado o
quanto antes, recebendo atenção especial com relação à educação auditiva.

 

Edição: Faruk Muando

Imagem: Photofaro

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