Método de Aprendizagem
Método de Aprendizagem
Muitos
dos problemas de aprendizagem existentes entre os estudantes são hoje explicados
pela ausência ou uso inadequado de métodos de estudo e pela inexistência de hábitos de trabalho que
favoreçam a aprendizagem. Além disso, muitos
jovens manifestam atitudes negativas face ao estudo, uma enorme desmotivação para as actividades escolares,
dedicando-lhes muito pouco tempo.
Por isso pensámos desenvolver, no
nosso projecto, um conjunto de iniciativas, dirigidas a alunos, professores e
encarregados de educação, no sentido de ajudar os jovens a desenvolver um conjunto de
competências fundamentais para uma melhor aprendizagem.
Uma dessas iniciativas foi a
dinamização da actividade Apoio Escolar que tem como objectivo principal ajudar os alunos que a
frequentam a adquirir hábitos e métodos de
estudo adequados.
O texto seguinte pretende, de uma
forma simples, dar aos alunos e encarregados de educação algumas pistas que os possam
ajudar a organizar as actividades escolares.
O segredo do sucesso está
na motivação. Esta deverá ser forte, mas não excessiva (o
que pode conduzir à ansiedade e ao medo do fracasso, que prejudicam o
rendimento).
Sem motivação
aprende-se pouco e esquece-se depressa. Um estudante motivado concentra-se no
trabalho, não se dispersa nem interrompe o estudo. Além disso, tudo o que é
significativo e interessante para o sujeito permanece mais tempo na
memória e pode ser
recordado com facilidade.
a)Os reforços do
interesse:
Se a motivação é
fraca os jovens precisam de reforços, que podem surgir da
iniciativa de pais
e professores, ou do próprio estudante.
b)Castigos e prémios
dos educadores:
É mais importante
estar atento aos esforços do aluno do que às suas classificações.
Alguns pais dão aos
filhos um prémio em dinheiro, proporcional às classificações
alcançadas. Mas
este processo pode transformar o estudo num negócio.
Por outro lado, é
por vezes necessário aplicar castigos, mas é preferível sublinhar o
encorajamento
sempre que o aluno obtém um resultado positivo, já que são os
prémios, e não os
castigos, que podem criar o gosto pela aprendizagem.
Estímulos criados
pelo estudante:
O ideal é que o
estudante seja capaz de oferecer a si mesmo reforços positivos.
Quando obtém uma
boa classificação ou termina uma tarefa difícil, pode oferecer a si mesmo algo que
lhe agrade (e seja proporcional ao esforço realizado), como uma ida ao cinema ou
saída com os amigos.
Mas os prémios não
precisam de ser materiais. O aluno pode considerar estímulo
suficiente a
satisfação pessoal por aprender coisas novas, ou agradar aos pais, por exemplo.
1.Pensar no futuro:
É bom que os jovens
adquiram o hábito de pensar no futuro, encarando assim o
estudo como forma
de realização pessoal e profissional. Assim, o jovem não
estudará apenas em
função dos prémios ou castigos imediatos, mas terá
consciência de
estar a construir o seu próprio futuro.
2.Autoconfiança:
A autoconfiança é
uma atitude psicológica saudável (não deve confundir-se com
arrogância ou
excesso de confiança) que aumenta o interesse pelo estudo e diminui as angústias
próprias dos momentos difíceis. A autoconfiança permite ao jovem uma reacção positiva
perante uma dificuldade ou pequeno fracasso.
Os estudantes sem
autoconfiança valorizam excessivamente as suas limitações e
duvidam de si
mesmos; por isso desistem ou deixam correr as coisas, à espera que outros lhes
resolvam os problemas.
O medo do fracasso
tem origem, muitas vezes, na falta de estímulos positivos e no abuso de castigos
por parte dos educadores. Repreensões permanentes criam
ansiedade e matam a
autoconfiança.
3.A construção da
confiança:
A autoconfiança pode construir-se,
passo a passo, com pequenos êxitos, baseados no
esforço diário. Para esta construção são essencial o saber e a consciência do
dever cumprido.
Dois exercícios mentais são importantes para a construção da autoconfiança:
lembrar resultados positivos e acreditar no sucesso (quem já venceu,
pode voltar a
vencer).
4.Seguir o curso
adequado:
É muito importante que o jovem escolha
o curso certo, de acordo com as suas
aptidões,
capacidades e interesses. Para uma escolha adequada é importante o
conselho de um
técnico (orientador vocacional ou psicólogo).
Acrescente-se que
nem todos podem alcançar licenciaturas. Por vezes, existem
alternativas,
aparentemente menos atractivas, que podem permitir a plena realização pessoal e
profissional.
5.Persistência:
O essencial para
alcançar o sucesso é o empenho do jovem, e não apenas a ajuda
dos pais ou
professores.
Se o curso foi bem
escolhido e os métodos de trabalho são correctos, é necessário
persistir, não
cedendo às primeiras dificuldades.
Autor: Desconhecido
Edição:
Faruk Muando
Imagem: Photofaro