A Leitura Activa
A Leitura Activa
Apesar de vivermos na época do
audiovisual e dos computadores, o livro continua a ser o principal
instrumento de estudo.
No entanto, muitos
alunos confundem o saber estudar com um tipo de leitura
superficial que não
conduz à compreensão das ideias principais e à respectiva
assimilação.
Uma leitura
orientada para o estudo deverá fazer-se de acordo com as regras
seguintes.
1.Etapas da leitura
activa
As duas etapas da
leitura são:
a)Ler “por alto”:
Nesta fase, é
aconselhável dar uma rápida vista de olhos pelo conteúdo, para obter uma “visão
panorâmica” do assunto a explorar. Poderá passar pela leitura de um ou outro parágrafo do
início, do meio ou do fim; pelo exame de títulos e subtítulos, esquemas,
ilustrações e frases destacadas.
O que importa é que,
nesta fase, o estudante descubra a ideia principal do capítulo ou texto,
orientando o trabalho para os aspectos mais importantes.
b)Ler “em
profundidade”:
Nesta fase, o
estudante deverá explorar e captar o essencial. Deverá passar pela
leitura integral do
texto, de forma aprofundada, tantas vezes quantas forem
necessárias, até
conseguir respostas para questões como estas:
- Que diz o autor? Que ideias pretende transmitir?
- Os factos e argumentos apresentados são fundamentados?
- Concordo com as opiniões do autor?
- Que novidades há no texto?
- Há no texto informações úteis? Posso aplicá-las na prática?
- Que relação tem o assunto com aquilo que já sei?
O bom leitor
manifesta espírito crítico perante aquilo que lê. A leitura “em
profundidade” é
feita com a inteligência e não só com os olhos.
2.Processos de
Leitura Activa
2.1Consultar o
Dicionário
Só
podemos captar as ideias de um texto se compreendermos as palavras usadas
pelo autor. Por
isso é muito importante a utilização de um dicionário sempre que
encontramos
palavras ou expressões desconhecidas ou de sentido duvidoso. O
dicionário é uma
fonte rápida e segura para tirar dúvidas e devemos tê-lo sempre à mão (um dicionário
geral e, se necessário um dicionário especializado). Se não
tivermos um
dicionário, deveremos anotar as palavras cujo significado
desconhecemos, para
esclarecimento posterior. Através da consulta do dicionário,
adquire-se também
maior competência na comunicação oral e escrita.
2.2.Sublinhar:
É uma forma de
prestar mais atenção e captar melhor o que se lê. Quem sublinha lê duas vezes. Um bom
sublinhado permite também tirar bons apontamentos e fazer revisões rápidas.
Para sublinhar bem
é preciso saber descobrir o essencial que, normalmente, é
assinalado nos
títulos e subtítulos ou através da insistência em determinadas ideias.
As 3 regras
fundamentais para sublinhar bem são:
- Dar prioridade a
definições, fórmulas, esquemas, termos técnicos e outros
elementos que sejam
a chave da ideia principal;
- Não abusar dos
traços e cores. Normalmente, basta destacar, por parágrafo,
uma ou duas frases.
Sublinhar tudo é o mesmo que não sublinhar nada.
2.3.Fazer anotações:
As anotações à
margem provam o espírito crítico do leitor. São reacções ou
comentários
pessoais ao que se lê e podem expressar-se de várias formas: Pontos de exclamação
(surpresa ou entusiasmo), pontos de interrogação (dúvida ou discordância),
palavras que resumam o essencial de um parágrafo, referências a outras ideias sobre
o assunto, do mesmo autor ou de autores diferentes.
2.4.Tirar apontamentos:
Os apontamentos
facilitam a captação e retenção da matéria, a elaboração de
trabalhos de casa e
a revisão anterior às provas de avaliação. Escrevendo, aprendesse melhor e
guarda-se a informação por mais tempo. Os apontamentos podem ser
de 3 tipos:
3.5.Transcrições
Transcrever é
copiar por extenso um texto ou parte dele. Não é o melhor processo
para estudar um
assunto. Mais eficaz é elaborar esquemas ou resumos. Mas são indispensáveis
quando recolhemos informação para um trabalho escrito e queremos recorrer
a citações. As regras a respeitar nas transcrições são:
• Não copiar textos
demasiadamente longos. Seleccionar as partes mais importantes.
• Pôr entre aspas os
textos transcritos.
• Indicar, com
precisão, a fonte – nome do autor, título do livro ou revista, editor,
nº e local de
edição, data e página.
2.6.Esquemas:
Os esquemas são
enunciados de palavras-chave, em torno das quais é possível
arrumar grandes
quantidades de conhecimentos. Permitem destacar e visualizar o
essencial e a sua
elaboração desenvolve a criatividade e o espírito crítico. Podem
assumir a forma de
índices, quadros, gráficos, desenhos ou mapas. Os esquemas
podem perder o
sentido com o tempo. Por isso, o mais aconselhável, é fazer
resumos.
2.7.Resumos:
Resumir exige a
capacidade de seleccionar e reformular as ideias principais, usando frases bem
articuladas.
A metodologia
aconselhável para resumir (sobretudo para estudantes pouco
experientes nesta
matéria) é:
- Compreender o texto, na globalidade;
- Descobrir a ideia-chave de cada parágrafo;
- Registar as ideias-chave numa folha de rascunho;
- Reconstruir o
texto, de uma forma pessoal, respeitando o pensamento do
autor.
Um bom resumo (tal como um bom esquema) deve ter as seguintes características:
- Brevidade – um bom resumo não deve ultrapassar um quarto do original;
- Clareza – ideias apresentadas sem confusão ou ambiguidade;
- Rigor – reprodução das ideias sem erros ou deformações;
- Originalidade –
utilização de linguagem original, própria de cada leitor, mas
transmitindo o
ponto de vista do autor – resumir não é comentar.
Aprender a resumir
é fundamental para comunicar o que sabemos, com rapidez e
eficiência
(nomeadamente em provas de avaliação).
Autor: Desconhecido
Edição:
Faruk Muando
Imagem: Photofaro